Perfil do Egresso: Wallace Johnson
Ele poderia ter sido médico ou jogador de futebol. A verdade é que em ambas as carreiras o advogado Wallace Johnson também teria êxito. Nascido na cidade do Rio de Janeiro, Wallace foi morar com a família na Espanha ainda criança e lá completou o ensino secundário. Adolescente, ganhou uma bolsa para jogar futebol nos Estados Unidos, no Arizona, onde cursou a graduação de Administration of Justice e deu os primeiros passos no universo jurídico.
Quando decidiu voltar ao Brasil, em 2010, com a mãe morando na Espanha e o pai nos Estados Unidos, Wallace assumiu de vez o controle da sua vida. Mas isso não foi um problema, bem pelo contrário. Acostumado a mudanças e desafios, enfrentar situações inéditas não lhe causa desconforto. Escolheu Florianópolis para viver e o curso de Direito da Faculdade CESUSC para entender a fundo as leis brasileiras e internacionais. E, segundo ele, foram as melhores escolhas que poderia fazer.
De personalidade tranquila, olhos curiosos e comportamento determinado e sonhador, o jovem idealizou a carreira de advogado para ajudar as pessoas. À medida que o tempo passou, Wallace descobriu o Direito Internacional e aí não parou mais! “Durante a graduação, tentei desenvolver e aprender o máximo que pude durante os estudos e os estágios. Sempre gostei muito da carreira acadêmica e da ideia de poder ampliar meus conhecimentos estudando fora. No último ano da graduação, participei da competição internacional Nelson Mandela e depois trabalhei na Organização dos Estados Americanos, em Washington”, explica.
O horizonte, que parecia tão distante, agora está mais próximo. O advogado acaba de ser aceito na Graduate Institute of International and Development Studies, em Genebra, na Suíça, onde inicia o Mestrado em setembro. “Pessoalmente, acredito que vai ser bastante desafiador e de muita leitura. Eles recomendam entre 3 e 5 horas de leitura por dia para acompanhar as aulas. Profissionalmente falando, acredito que vai ser umas das melhores experiências da minha vida. Cerca de 80% dos alunos do Instituto são de fora. Com isso, vou conhecer gente de toda parte do mundo, com a possibilidade de fazer network e aprender vários idiomas”, anima-se.
Para Paulo Potiara, professor e entusiasta do egresso, Wallace está preparado para conquistar lugares muito acima da média. Tem disciplina, coragem e jogo de cintura para lidar com situações difíceis. “Desde que eu o conheço ele sabe o que quer e sabe onde quer chegar. E mais do que isso, sabe que tem todas as condições de fazê-lo. O que o deixa muito seguro, que tudo vai dar certo, no seu momento, na hora que tem que ser. E isso é uma baita qualidade para alguém tão jovem, que não cede às pressões e ao desespero, comum nos profissionais mais jovens. Ele tem o futuro nas mãos e vai fazer diferença no mundo. É um guri bom, o admiro”, brinca.
Todos esses esforços, crescentes e constantes, têm um propósito maior: as Organizações das Nações Unidas (ONU). “A possibilidade de trabalhar na ONU sempre foi o que sonhei e aqui no Brasil talvez não atingiria esse objetivo. Daqui alguns anos, se tudo ir de acordo com o planejado, me vejo trabalhando em alguma Organização Internacional ou talvez seguindo a carreira acadêmica fora”, completa.
E enquanto o Mestrado não começa, Wallace já se inscreveu em uma seleção para estagiar na sede da ONU, em Genebra, e aguarda ansioso uma resposta. O poeta catarinense Lindolf Bell escreveu “menor que meu sonho não posso ser”. Bom, o Wallace levou bem a sério essa máxima e promete ter um futuro brilhante pela frente!