Faculdade Cesusc incentiva a cultura como instrumento de transformação social
Instituição apoia projetos como o da Bateria Mirim Baiaculosinha, que transforma a vida de crianças e pais e da comunidade
Cultura, assim como educação, é uma importante via de formação cidadã. Constrói identidade, lapida o senso crítico, promove reflexões acerca do mundo e é instrumento de transformação social. Além disso, proporciona crescimento, profissionaliza, gera emprego e renda. Portanto, apoiar a cultura, em todas as suas vertentes, significa contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do país.
É partindo dessa premissa que a Faculdade Cesusc apoia iniciativas como a da Bateria Mirim Baiaculosinha, realizada pelo projeto Pescadores de Cultura e pela Associação Cultural Baiacu de Alguém, que promove atividades voltadas à cidadania, capacitação artística e articulação de rede sociocultural na comunidade de Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis. Através de parcerias com associações de moradores são oferecidas oficinas culturais gratuitas para crianças e adolescentes da Capital.
A ação é desenvolvida de forma coletiva através de parcerias comunitárias e tem apoio da Cesusc através da Lei de Incentivo à Cultura via Fundação Municipal Franklin Cascaes, atrelada à Secretaria da Cultura, Esporte e Juventude.
– Alegria e resistência cultural são necessárias para a formação do indivíduo e nada melhor que crianças e jovens estejam dentro desse contexto. A Faculdade Cesusc é nossa parceira como incentivadora fiscal, ou seja, é patrocinadora do projeto. Sem essa colocação nossa atuação seria inviável pois o suporte financeiro via Lei de Incentivo Fiscal é fundamental para essa concretização – explica Luciane Motta, coordenadora do Projeto Pescadores de Cultura.
Por dentro da iniciativa
Além de dar suporte para as atividades promovidas pelo projeto – entre elas, oficinas de teatro, violão, musicalização, percussão, grafite e Bateria Mirim Baiaculosinha –, a Faculdade cede uma de suas salas para as aulas de teatro. Mais de 300 de crianças e suas famílias já foram beneficiadas pelo projeto. São 50 alunos no violão, quase 40 nas aulas de teatro e mais de 20 no grafite só entre 2018 e 2019.
– A Bateria começou em 2017. Deste então, observamos o desenvolvimento de crianças e jovens durante os ensaios da bateria adulta do Bloco Baiacu de Alguém. Neste ano, os levamos para visitar uma quadra de escola de samba e foi um momento muito especial. Estamos sempre propondo atividades diferenciadas para promover esse estímulo para o carnaval, que é uma expressão tão importante e agregadora da nossa cultura – completa Luciane.
Pai de João Pedro do Prado, 8 anos, atendido pelo projeto, o pedagogo Evandro Belmiro da Silva ressalta a relevância da Bateria Mirim Baiaculosinha para a comunidade.
– Estamos morando em Florianópolis desde 2017 e no carnaval de 2018 o meu filho participou pela primeira vez. A relevância da Bateria extrapola a dimensão festiva, da manifestação de uma cultura carnavalesca dos blocos de rua.
Trata-se de uma vivência coletiva que promove ocupação dos espaços públicos, neste caso, a escola e a rua. É uma experiência de afirmação e de resistência frente a mercantilização da cultura nacional. Meu filho, João Pedro, está muito feliz por fazer parte dessa festa tão importante para o povo brasileiro – destaca.
Além de despertar consciência cidadã e consolidar a ideia de pertencimento e identidade, iniciativas como a da Bateria colaboram para o desenvolvimento individual das crianças. Exemplo disso é a aluna Sofia Anzorena, 10 anos, que conseguiu vencer a timidez ao participar das atividades propostas pelo projeto Pescadores de Cultura.
– Além de ser de grande valia para os pais que desejam ou precisam colocar seus filhos em atividades extracurriculares, o projeto agrega conhecimentos e experiências que eles vão levar para a vida. Sofia é outra criança desde que começou a participar do projeto em 2017. Vejo minha filha muito mais segura, madura e dona de si. Desde que começou nos grupos de teatro, musicalização e percussão, ela venceu a timidez e não tem mais medo de se expressar. Além disso, a Bateria Mirim é uma oportunidade de atividade extracurricular para as crianças cujos pais não têm condição de pagar aulas particulares – destacou a técnica de enfermagem Mirian Anzorena, mãe de Sofia.