Alunos do curso de Psicologia da Faculdade Cesusc, em conjunto com Agentes Comunitárias de Saúde (ACS), e a orientação da professora Tânia Grigolo, estão realizando um trabalho de Terapia Comunitária, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), em Biguaçu. A atividade consiste em apoiar a equipe de Saúde da Família para atuar em situações que envolvem a atenção psicossocial, nos casos de pacientes em sofrimento psíquico que procuram a UBS.
Os estágios nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) são realizados desde 2013, e entre as atividades estão atendimentos compartilhados, visitas domiciliares, ações na comunidade, atendimentos individuais, atendimento de familiares. “O convênio de estágio do Curso de Psicologia da Cesusc com a Secretaria de Saúde de Biguaçu existe desde 2013 e, mais recentemente, também fechamos convênio com o Instituto Saúde, Educação e Vida (ISEV), que faz a gestão dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família de Biguaçu. Todo semestre temos a oferta de vagas de estágio obrigatório de Psicologia nos NASFs de Biguaçu e sempre há muito aprendizado e avanços, como é o caso da implantação dos estudos e prática em Terapia Comunitária com as ACS”, explica a professora Tânia Grigolo.
O Projeto de estudos em Terapia Comunitária com as Agentes Comunitárias de Saúde (ACS), da UBS Saveiro, foi implantado neste ano pelo acadêmico do curso de Psicologia Marcelo Buss Leal, a partir da necessidade dessas profissionais. A fim de contribuir ainda mais com o trabalho das Agentes de Saúde, o aluno desenvolveu uma cartilha que está sendo distribuída na unidade. A publicação é o resultado de um processo de estudo com as ACS, que traz orientações sobre acolhimento, temas, regras de contrato do grupo, condução etc. “Com o estágio estou tendo a oportunidade de vivenciar o que até então eram debates acadêmicos em sala de aula. Poder estar no território (sentir o quanto ele ‘fala’), trabalhar em equipe, integrar grupos de Terapia comunitária, viver a importância da Psicologia neste contexto de tantas possibilidades de cuidado para além dos diagnósticos e medicalização é muito intenso e instigante!”, comenta o acadêmico Marcelo Leal.
Segundo a professora, o desejo é ampliar o número de estagiários envolvidos no projeto. “A ação mais importante do Projeto com as ACS é que elas mesmas passem a realizar os grupos de Terapia Comunitária de forma protagonista, ampliando o acesso das pessoas ao atendimento em saúde mental na atenção básica, com o apoio da Psicologia”, finaliza.