Com o apoio do Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina (Cesusc), ocorrerá na quinta-feira, dia 12 de novembro, às 20 horas, na sala de exposições do Museu da Imagem e do Som, do Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, o Vernissage “Arquitetura da Dor” do fotógrafo Flávio de Oliveira.
No trabalho, o fotógrafo, pretende demonstrar as condições sociais em que se encontram as “Residências”, nas comunidades que sobrevivem através da reciclagem e da coleta seletiva de lixo nos grandes centros urbanos.
Segundo Flávio de Oliveira o modo de vida destas pessoas é “uma realidade fora do padrão social, dura, opressiva, desigual, desumana e marginal imposta ao convívio diário. Uma evidência que transcende as barreiras geográficas das cidades, Estados e País, tornando-se verdade em qualquer lugar que estejam alocados seres humanos menos favorecidos”.
Com o uso da fotografia, o autor espera conscientizar as pessoas para esse quadro que demonstra o surgimento, ao lado de nossos Centros Urbanos, de verdadeiras prisões sociais, onde Seres Humanos tentam sobreviver em absoluto estado de miséria e sujeira. “À margem de todos os recursos sociais e à beira da falência completa de meios de sobrevivência, encontramos nesses locais verdadeiros celeiros para recrutamento de novos viciados, doentes, flagelados e todos os atributos que denotam a mais profunda degradação de nosso conceito de Ordem e Progresso”. As fotos tentam abrir os olhos dos que produzem sujeira, detritos e sobras de uma sociedade consumista.
O Vernissage é promovida pela a Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina, com o apoio da Fundação Catarinense de Cultura, do Museu da Imagem e do Som do Estado, do Museu de Arte de Santa Catarina, do Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina (Cesusc) e da Sphera Quattro Sustentabilidade em Construções.
Mais informações pelo telefone (48) 3953.2325.
Sobre Flávio de Oliveira
Flávio de Oliveira constrói sua obra direcionando-se pelos caminhos da mais tradicional vertente fotográfica e desmistifica o excedente tecnológico que nesses momentos turva a visibilidade da verdadeira arte de escrever com a Luz. Seu trabalho sai do modismo estético, liberta-se das predefinições pictóricas e determina, sobre os pilares da Fotografia Sócio Documental, uma visão límpida de nossa sociedade. Além disso, procura esclarecer e enxergar a verdadeira realidade de nossos dias.