Neste dia 8 de março, o Cesusc saúda todas as mulheres, e, em especial, aquelas que fazem nossa Instituição ser o que é. Representando todo esse elenco de alunas, professoras e colaboradoras, trazemos os depoimentos de algumas mulheres que fazem Cesusc.
Professora Samantha Buglione, professora do Curso de Direito, coordenadora para o Brasil do Comitê Latino-americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM) – Qual a situação dos direitos das mulheres no país hoje? “Quando falamos em direitos das mulheres, é preciso preliminarmente fazer uma pergunta: quais mulheres? No Brasil, existem vários incrementos de vulnerabilidade dependendo destas características. Em Florianópolis, por exemplo, podemos levantar questões tanto quanto aos direitos das marisqueiras da região da Tapera, quanto aos das executivas de grandes empresas. As mulheres do Norte e Sul vão ter realidades diferentes. Porém, sob um determinado ponto de vista, há uma democracia em termos de discriminação contra a mulher. Violência doméstica, por exemplo, existe independentemente de raça ou classe. A pobreza também pode atingir mulheres no Brasil, na Índia ou em qualquer outro país”. |
“É preciso que se tenha uma idéia clara de que quando falamos em direitos das mulheres, falamos em Direitos Humanos. Direitos das mulheres não é um detalhe; pensar especificidade é pensar Direitos Humanos. Pensar em garantir o direito das mulheres é treinar o olhar para a constatação de que Direitos Humanos abarcam especificidades. Quando tenho um grupo de mulheres sem acesso a creches para seus filhos, ou sem condições de controlar a sua reprodução, não consigo coordenar para que tenham autonomia que é um Direito Humano”.
“E como podemos ajudar na luta dos direitos das mulheres? Fazendo a nossa parte. Se temos uma pessoa que nos ajuda com os serviços da casa, precisamos pagá-la decentemente e assinar carteira. Nos pequenos detalhes é que construo os Direitos Humanos”.
“Hoje ainda se vê o preconceito contra a mulher, sim! É uma questão histórica, porém cultura se constrói e se reconstrói. O Direito é uma ferramenta política que pode auxiliar no combate ao preconceito contra a mulher. Talvez daqui a algum tempo as relações de poder entre homens e mulheres se alternem”.
Helis Büchmann, gerente de relações institucionais do Cesusc – O que representa o Dia da Mulher para você? “Para mim, o Dia da Mulher não diz muita coisa, pois todo o dia deveria ser Dia da Mulher. Acho que devemos lutar todos os dias pela eqüidade entre homens e mulheres, não pela igualdade, porque não somos iguais, mas pela eqüidade”. “Acredito, sim, que as mulheres têm um perfil profissional diferenciado. Por exemplo: em geral, somos mais educadas e pacientes ao escutar e temos a capacidade de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo. Aqui no Cesusc temos mais mulheres em cargos de gerência e coordenação geral do que homens”. |
Joana Uhr Silva e Thalita Esteves Diniz Veríssimo (na foto, da esquerda para direita), alunas da 1ª fase do Curso de Psicologia do Cesusc O que representa o Dia da Mulher para você? Thalita Esteves – “A mulher conquistou seu espaço e foi uma conquista tão importante, que precisamos relembrar. Muitos países ainda hoje não garantem direitos para as mulheres. É um preconceito que existe tanto no trabalho quanto na vida pessoal”. Joana Uhr Silva – “Nós mulheres fazemos muito: trabalhamos, estudamos, cuidamos da família, etc. Mulher tem 1001 utilidades! Acho que a questão do preconceito já foi pior e a mulher vem conquistando seu espaço”. |
Poema “Dia das Mulheres”
E não é porque é Dia da Mulher, que não abriremos espaço para os homens. O aluno do curso de Direito, Jorge Rosa (na foto), que também é poeta, compôs alguns versos em homenagem à data. Confira! DIA DAS MULHERES |
Origem da data
O dia 8 de março foi determinado pela Assembléia Geral das Nações Unidas como Dia Internacional dos Direitos da Mulher e pela Paz, em 1977. Antes disso, outras datas já haviam sido escolhidas por organizações políticas para serem o dia de relembrar os direitos das mulheres. A escolha do dia 8 de março tem origem difícil de determinar: para alguns historiadores, faz referência à data de uma greve de operárias da indústria têxtil, realizada em Nova York em 1857; para outros, diz respeito a uma manifestação de operárias de Petrogrado (São Petersburgo, Rússia), em 1917.