Acadêmicos realizam confraternização prévia ao início da Jornada de Psicologia d

  • Data de publicação
    6 de outubro de 2008
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Os acadêmicos do curso de Psicologia do Cesusc organizaram nesta quinta-feira (dia 9/10) um animado café para antecipar um pouco do clima de confraternização que deverá marcar a III Jornada de Psicologia do Curso de Graduação de Formação do Psicólogo do Cesusc. O café contou com a presença do Diretor Geral da Faculdade, Claudio Marlus Skora, e da coordenadora do curso de Psicologia, Ivanir Barp Garcia.

A organização da Jornada é uma parceria entre o Centro Acadêmico de Psicologia e a Coordenação do curso. O tema escolhido para ser debatido entre os dias 13 e 15 de outubro é “Angústia e Depressão”. A palestra de abertura, que discute justamente o tema principal do evento, será ministrada pelo psicanalista argentino, Dr. Edgardo Feinsilber, que esteve presente no Cesusc no ano passado realizando uma elogiada palestra na segunda edição desse evento.

Nos demais dias, a Jornada transcorrerá com o debate de temas correlatos à primeira conferência, sendo eles: Modelos Bioquímicos da Depressão, Trilhamentos da Angústia, Depressão no Esporte, Depressão Reativa e Hospitalização, Teatro Espontâneo, Desigualdade e Angústia, O Paciente Deprimido e o Psicodrama, Liberdade, Angústia e Depressão e Aproximações Clínicas entre Depressão e Angústia. As mesas serão compostas por professores do curso de Psicologia. A programação conta ainda com o lançamento da Revista de Psicologia do Cesusc, que trará artigos científicos produzidos pelos docentes e pesquisadores da Instituição.

Entenda melhor o tema da Jornada no texto de divulgação preparado pela comissão organizadora:

“O tema de nossa III Jornada de Psicologia do Curso de Graduação de Formação do Psicólogo do Cesusc busca trazer ao debate acadêmico uma experiência que, antes de mais nada, é do terreno do senso comum. Depressão e angústia são experiências que os seres humanos vivenciam em sua existência. Viver a vida implica que em algum momento, muitas vezes inesperado, a experiência do estado do ser e do afeto, que não engana, se imponha aos humanos. A depressão, como um estado do ser, e a angústia, como o afeto que não engana (como formula a psicanálise freudiana), são experiências ordinárias, sofridas, acachapantes, que testemunham a vida que é vivida em seu (in)sustentável viver. É por isso que depressão e angústia são antes do terreno do senso comum do que da ciência e da academia. O saber no senso comum antecipa-se, por força da experiência, ao saber científico.

O tempo atual que nos assola imprimiu um desnivelamento na experiência da depressão e da angústia. A psiquiatria, apoiada à unicidade biológica, pauta-se numa terapêutica farmacologia para o tratamento dessa experiência que, passando pelo triturador científico, faz com que a depressão tenha sido alçada ao patamar de doença (conforme a OMS) e a angústia ao patamar de síndrome. Vale dizer que o crucial da síndrome de pânico está enquadrado na angústia, das relações do que quer que seja o “pane” com esse afeto nada enganoso.

Será que podemos atestar a condição de doença ao ser que sofre depressão? A ciência dos transtornos mentais entende que o ser sofre de depressão, o que lhe confere o estatuto de doença. No entanto, o que testemunha o senso comum, frequentemente, é que o ser deprime.

Será que a clínica das psicoterapias, das psicofarmacologias e das psicanálises, como testemunhas dos saberes produzidos por seus clientes, pacientes e analisantes, aludem a articulações entre depressão e angústia?

Enfim, há um mundo de “vastas emoções e pensamentos imperfeitos”, como intitula um de seus livros nosso singular literato Rubem Fonseca. E nesse mundo que é a vida, depressão e angústia nos convocam a uma abertura para o saber.

Que nossa III Jornada de Psicologia propicie momentos frutuosos no campo do saber."

Confira a programação completa