Os acadêmicos do curso de Psicologia do Cesusc organizaram nesta quinta-feira (dia 9/10) um animado café para antecipar um pouco do clima de confraternização que deverá marcar a III Jornada de Psicologia do Curso de Graduação de Formação do Psicólogo do Cesusc. O café contou com a presença do Diretor Geral da Faculdade, Claudio Marlus Skora, e da coordenadora do curso de Psicologia, Ivanir Barp Garcia.
A organização da Jornada é uma parceria entre o Centro Acadêmico de Psicologia e a Coordenação do curso. O tema escolhido para ser debatido entre os dias 13 e 15 de outu
Nos demais dias, a Jornada transcorrerá com o debate de temas correlatos à primeira conferência, sendo eles: Modelos Bioquímicos da Depressão, Trilhamentos da Angústia, Depressão no Esporte, Depressão Reativa e Hospitalização, Teatro Espontâneo, Desigualdade e Angústia, O Paciente Deprimido e o Psicodrama, Liberdade, Angústia e Depressão e Aproximações Clínicas entre Depressão e Angústia. As mesas serão compostas por professores do curso de Psicologia. A programação conta ainda com o lançamento da Revista de Psicologia do Cesusc, que trará artigos científicos produzidos pelos docentes e pesquisadores da Instituição.
Entenda melhor o tema da Jornada no texto de divulgação preparado pela comissão organizadora:
“O tema de nossa III Jornada de Psicologia do Curso de Graduação de Formação do Psicólogo do Cesusc busca trazer ao debate acadêmico uma experiência que, antes de mais nada, é do terreno do senso comum. Depressão e angústia são experiências que os seres humanos vivenciam em sua existência. Viver a vida implica que em algum momento, muitas vezes inesperado, a experiência do estado do ser e do afeto, que não engana, se imponha aos humanos. A depressão, como um estado do ser, e a angústia, como o afeto que não engana (como formula a psicanálise freudiana), são experiências ordinárias, sofridas, acachapantes, que testemunham a vida que é vivida em seu (in)sustentável viver. É por isso que depressão e angústia são antes do terreno do senso comum do que da ciência e da academia. O saber no senso comum antecipa-se, por força da experiência, ao saber científico.
O tempo atual que nos assola imprimiu um desnivelamento na experiência da depressão e da angústia. A psiquiatria, apoiada à unicidade biológica, pauta-se numa terapêutica farmacologia para o tratamento dessa experiência que, passando pelo triturador científico, faz com que a depressão tenha sido alçada ao patamar de doença (conforme a OMS) e a angústia ao patamar de síndrome. Vale dizer que o crucial da síndrome de pânico está enquadrado na angústia, das relações do que quer que seja o “pane” com esse afeto nada enganoso.
Será que podemos atestar a condição de doença ao ser que sofre depressão? A ciência dos transtornos mentais entende que o ser sofre de depressão, o que lhe confere o estatuto de doença. No entanto, o que testemunha o senso comum, frequentemente, é que o ser deprime.
Será que a clínica das psicoterapias, das psicofarmacologias e das psicanálises, como testemunhas dos saberes produzidos por seus clientes, pacientes e analisantes, aludem a articulações entre depressão e angústia?
Enfim, há um mundo de “vastas emoções e pensamentos imperfeitos”, como intitula um de seus livros nosso singular literato Rubem Fonseca. E nesse mundo que é a vida, depressão e angústia nos convocam a uma abertura para o saber.
Que nossa III Jornada de Psicologia propicie momentos frutuosos no campo do saber."