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Monumento ao Nunca Mais é instalado em Florianópolis

  • Data de publicação
    31 de outubro de 2014
  • Discussão
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Monumento ao Nunca Mais é instalado em Florianópolis

O oitavo Monumento ao Nunca Mais, do Projeto Trilhas da Anistia, da Alice, foi inaugurado na Câmara Municipal de Florianópolis no dia 30 de outubro as 16h30mim. A escultura da artista plástica Cristina Pozzobon- com planejamento arquitetônico de Tiago Balem- faz parte da série Monumentos AO NUNCA MAIS, desenvolvida pela Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação (ALICE), em parceria com o projeto Marcas da Memória do Ministério da Justiça. Além da capital gaúcha, receberam memoriais as cidades de Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

A inauguração compôe a programação do Ciclo de Atividades da Comissão de Anistia no contexto do cinquentenário do golpe no Brasil e integra a programação do Congresso Internacional de Direitos Humanos “Barbárie ou Civilização – Os 23 Anos do Movimento Direito Alternativo”.

Em sua fala, Derlei Catarina de Luca, integrante da Comissão Estadual da Verdade Paulo Stuart Wright (CEV) e do Coletivo Catarinense pela Memória, Verdade e Justiça, registrou o encontro das três gerações no evento: a de 1964 (início da Ditadura Civil-Militar), de 68 (ano do Ato Institucional nº 5) e de 1979, quando ocorreu a Novembrada (30 de novembro. Por sua vez, o presidente da Câmara, vereador Lino Peres, assinalou que o monumento  ergue-se em nome de todos aqueles e aquelas militantes que lutaram pela justiça, contra a exploração dos trabalhadores, por uma sociedade igualitária e contra toda forma de opressão que assolou nosso país a partir de 1964. “Esse monumento ergue-se em nome de perguntas que persistem e que não podemos calar, em nome daqueles que desapareceram sob a Ditadura Civil-Militar e que, até hoje, mães, pais, maridos, esposas e filhos buscam”. Lino disse ainda que a sociedade não pode permitir que aqueles que mataram ou torturaram sob o regime militar sigam impunes, até mesmo hoje se manifestando publicamente para justificar seus atos ou afirmar que só obedeceram ordens. “Assim há muito a avançar, como a revisão da Lei da Anistia, que nasceu de forma restrita e amordaçada”.

Representando o Secretário Nacional de Justiça e presidente da Comissão da Anistia, Paulo Abrão, o conselheiro de Anistia do Ministério da Justiça, Prudente José Silveira Mello destacou a necessidade de se resgatar a memória da repressão e das lutas populares contra atos lesivos aos direitos humanos praticados no período da Ditadura Militar. “Nesse sentido o Monumento é um legado que fica para a Capital catarinense”. Também presente na ocasião, a ministra Ideli Salvatti, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, lembrou que em novembro são lembrados os 35 anos da Novembrada, Ato histórico que, em Florianópolis, marcou a reação popular à ditadura. A Ministra saudou a Câmara de Vereadores pela iniciativa e destacou a necessidade de os direitos humanos serem colocados na ordem do dia, porque o direito à dignidade e à igualdade de condições ainda é uma batalha cotidiana.

Durante a ia inauguração do Monumento também foi lançado o livro “AI-5 na academia: o Manual do Lead usado pelos golpistas de 1964 para punir o ensino de Jornalismo”, de autoria da jornalista Roseméri Laurindo, com selo da Editora da FURB (EdiFurb). A autora, que é Coordenadora do Curso de Jornalismo da Universidade Regional de Blumenau (FURB), revela, pela primeira vez em livro, como o Decreto 477 do Governo Militar Brasileiro (o AI-5 da Academia) foi usado para a demissão sumária, sem direito à defesa ou benefícios trabalhistas, do catedrático José Marques de Melo da Escola de Comunicação da USP, em 1974. Ao dirigir-se ao público,  Roseméri assinalou que, para contar esses fatos, o livro mesclou Política, Memória, Jornalismo e Universidade. Ela ressaltou a oportunidade da data do lançamento do livro, uma vez que no dia 31 de outubro de 1975 foi realizada a missa de sétimo dia pela morte do também jornalista Vladimir Herzog e que foi a primeira grande manifestação de protesto da sociedade civil contra as práticas da ditadura militar.

Fonte: alice.org