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A Biblioteca do Cesusc recebe até o final deste mês de fevereiro a exposição “Prisioneiras do Lixo – o que os olhos não desejam ver”, com fotos de Flavio Oliveira. Pela primeira vez expostas no Brasil após sua exibição no Festival de Corigliano, realizado na Itália, as fotos mostram as condições sociais em que se encontram as comunidades, em especial as crianças, que sobrevivem por meio da reciclagem e coleta seletiva de lixo nos grandes centros urbanos.
A primeira etapa do projeto foi realizada na Favela de Frei Damião, no município de Palhoça, em Santa Catarina. Próximas etapas serão fotografadas em grandes centros urbanos do Brasil e em algumas capitais européias. As fotos que estão em exibição no Cesusc foram publicadas também no livro Simplesmente Invisíveis, assinado por Flávio Oliveira e Elena Givone (Itália).
Para o fotógrafo Flávio Oliveira, a arte da fotografia é um instrumento de denúncia social. Com base nessa visão, ele aborda o tema social do lixo, que atinge a todas as cidades do mundo. “Usei uma linguagem baseada na Tradicional Fotografia Sócio-Documental Brasileira, para formar essa mostra fotográfica que nos leva a repensar nossos hábitos de consumo e o destino que estamos dando aos resíduos de nossa sociedade”, explica.
A escolha do Cesusc para exibir a exposição se deu, segundo Flávio, pelo envolvimento da Instituição com causas sociais. “Escolhi o Cesusc por seu comprometimento com atividades sociais e foco claro no bem estar da sociedade e na cultura de nossa cidade”, diz.
Experiente fotógrafo, Flávio Oliveira é carioca de nascimento, mas radicado em Florianópolis há mais de trinta anos. Tem exposições realizadas no país e no exterior, além de diversos trabalhos fotográficos documentais focados no registro social e realizados em países como África do Sul, Israel, Brasil e Dinamarca.
Prestigie!
