A disciplina de Desenho de Observação levou os alunos da primeira fase do curso de Tecnologia em Design de Interiores a desenvolverem suas habilidades de desenhistas. É o que mostra os projetos finais realizados pelos acadêmicos que cursaram a matéria em 2008. Quando comparados aos trabalhos iniciais realizados por eles (imagens ao lado), a evolução no traço e no conhecimento de noções do desenho fica clara.
Segundo a professora da disciplina, Monna Borges, o ensino do desenho é abandonado cedo nas escolas brasileiras. “Para que o aluno saia de um estilo de representação ainda ‘infantil’ é necessário que ele ‘volte no tempo’ e continue de onde parou seu aprendizado”.
O conhecimento é passado em etapas. Inicialmente são realizados exercícios de coordenação motora, educação do olhar e contato com as características e possibilidades dos materiais de desenho. A segunda etapa consiste no desenvolvimento da noção de proporção e a representação de sombras e texturas. A última etapa já direciona o aluno para o tema do curso, que é a representação de mobiliários e espaços interiores. É nessa fase, que o estudante passa a um aprendizado mais técnico do desenho, incluindo, por exemplo, a noção das leis da perspectiva. Após saber estruturar corretamente um desenho, ele pode então aplicar sobre este os conhecimentos das etapas anteriores.
“Além do conhecimento técnico, também é necessário que o aluno se desvencilhe de bloqueios psicológicos, tais como ‘eu não sei desenhar’ ou ‘eu não nasci com dom’” – explica a professora. “O que digo para eles é que a técnica é imprescindível até mesmo para aqueles que possuem ‘dom’, seja no desenho, seja na área da música ou esportes”.
Assim como nos esportes e na música, para se atingir a excelência no desenho, é preciso a prática constante. “Sempre uso metáforas do tipo: você já viu alguém aprender a tocar com perfeição um violino em apenas uma semana? Os maiores mestres praticam durante uma vida inteira”, diz a professora Monna.
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