“Ditadura contestada”, uma sequência de 22 fotos exibindo a reação de vários segmentos catarinenses às consequências do golpe militar no Brasil, é a mostra fotográfica que abriu, ontem (18), a 59ª Caravana da Anistia, sediada, pela segunda vez, na Faculdade Cesusc. O organizador das fotos é o historiador e jornalista Celso Martins, que, como parte do evento, também lançou e autografou seu novo livro, “Quatro Cantos do Sol”.
Também na abertura do evento, a escritora e coordenadora do Comitê Catarinense Pró-Memória dos Mortos e Desaparecidos Políticos Derlei Catarina de Luca lançou o livro “No Corpo e na Alma”, no qual conta a história de sua prisão durante o período militar. A escritora enfatizou a importância de casos como esses serem sempre lembrados, para impedir que eles voltem a acontecer.
A jornalista Louise Benassi também lançou o livro“As Lembranças não Morrem”. A grande reportagem foi produzida como Trabalho de Conclusão de Curso na Universidade do Vale do Itajaí. Para a autora, a obra há uma quebra paradigmas, pois ela não viveu a ditadura e ainda assim escreveu sobre o período, utilizando dados fornecidos pelo Comitê Catarinense Pró-Memória dos Mortos e Desaparecidos Políticos.
A 59ª Caravana da Anistia vai até o dia 22 de junho e tem em sua programação a exibição de filmes relacionados à ditadura, bate-papos, debates e, na sexta-feira, a sessão especial de julgamento de requerimento de ex-perseguidos políticos de Santa Catarina, com a presença do Presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça Paulo Abrão.