A Galeria Cesusc abre ao público, a partir do dia 7 de julho, a exposição fotográfica “Paris 75-05 : 30 ans de décalage” que traz a visão de dois fotógrafos sobre a capital da França: Flávio Oliveira e João Pedro Assumpção Bastos.
De acordo com os fotógrafos, é uma mostra singular em sua pureza fotográfica, em sua plenitude visual, sua franqueza estética, sua narrativa que ultrapassa a formalidade temporal, mostrando claramente a declaração de amor destes fotógrafos pela fotografia tradicional, por imagens atemporais, pela verdade estética e, claro, por Paris.
SOBRE A EXPOSIÇÃO
"Paris 1975-2005: 30 ans de décalage” é o registro estético das transformações de uma cidade viva que respira e produz arte há tantos séculos. Esta mostra apresenta, através da técnica da fotografia, uma visão profundamente afetiva e ao mesmo tempo documental de Paris.
Em tons únicos de branco e negro, superando ideologias, concretizando pensamentos, eternizando imagens, esta exposição não deixa dúvidas que a Eterna Cidade Luz transcende gerações, expurga a tristeza cotidiana, elimina a mesmice estética e enche nossos olhos.
Comungando deste conceito, os dois fotógrafos, em seus diferentes ciclos de vida, profissões diversas, em épocas separadas por mais de trinta anos, com olhares distintos, fotografaram Paris.
Unem-se em um trabalho único em seu consenso criativo, para apresentar a Paris de seus imaginários. Este conjunto histórico de fotogramas apresenta a mutação real e sutil da Cidade Luz.
SOBRE OS FOTÓGRAFOS
JOÃO PEDRO ASSUMPÇÃO BASTOS registra PARIS com a sua técnica e disciplina estética utilizando-se de sua sutileza para preservar a atmosfera dessa cidade em transformação, eternizando no silêncio de suas películas imagens destinadas a se tornarem testemunhas isentas de Paris que respirava mudanças sociais e estruturais. João Pedro faz de sua câmera um testemunho preciso das características de Paris dos anos 70.
FLAVIO DE OLIVEIRA, a partir de 2000, enveredou pelos caminhos do lírico para registrar sua visão peculiar de Paris: uma cidade agitada pelo novo milênio, ritmada pelos novos rumos que a conecta com todos os mundos de nosso planeta. Em um mundo digital, transformando fotografia e a forma de fotografar, Flávio obstina-se a registrar Paris utilizando a película, deixando uma menção explícita das mais tradicionais técnicas fotográficas. Perpetua-se em seu trabalho imagens singulares e quase atemporais da musicalidade visual de Paris. Isenta-se Flavio da imensidão de tecnologias que, segundo ele, podem simplesmente desvirtuar o objetivo principal da fotografia: a luz criando fotogramas com olhos, lentes e sentimento.