Cesusc participa do resgate de peça do naufrágio ocorrido entre os anos de 1580

  • Data de publicação
    25 de junho de 2011
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Na última quinta-feira (23), o Diretor Institucional do Cesusc, Professor Dr. Prudente José Silveira Mello, em companhia do Ministro interino da Cultura, Vitor Ortiz, Deputado Federal Cláudio Vignatti e do Diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Dalmo Vieira, participou do resgate de uma peça de pedra do possível naufrágio mais antigo do País, ocorrido entre os anos de 1580 e 1640.


Foto: Projeto Barra Sul – resgate da peça do naufrágio

O resgate, financiado pela Fapesc, foi realizado por mergulhadores do Projeto Barra Sul que retiraram uma pedra com cerca de 800 quilos, há mais de 400 anos no fundo do mar, no sul da Ilha de Santa Catarina. A peça apresenta o desenho de dois leões e dois castelos em alto relevo e, no meio, um símbolo português, o que remete ao período da União Ibérica e ao reino de Leon e Castilla, entre os anos citados.

Segundo pesquisas históricas, a peça poderia estar na nau provedora de uma frota de 23 navios, que partiu da Espanha em 1583 com a missão de construir duas fortalezas no Estreito de Magalhães, em terras chilenas, para conter o avanço de piratas ingleses que ameaçavam os domínios da coroa espanhola no novo continente. Se o caso for confirmado, será considerado o naufrágio mais antigo já localizado em águas brasileiras e talvez o mais antigo de toda a América.


Foto: Projeto Barra Sul – peça do naufrágio

Até agosto deste ano, outra pedra com inscrições em latim, bem como um canhão de bronze com mais de três metros de comprimento, com data de fundição e outras inscrições, entre outras peças deverão ser retiradas do mar. De acordo com o Projeto Barra Sul, a região é considerada um verdadeiro cemitério de navios e fazia parte da rota das navegações, por se tratar do último porto de abastecimento antes do Rio da Prata.

O Projeto Barra Sul já localizou outros destroços no mesmo ponto. Em 2005, uma âncora do século XVI foi identificada, e, em 2009, os pesquisadores encontraram os restos de um galeão no fundo do mar.