Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul inicia segunda-feira no CE

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    29 de novembro de 2013
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Entre os dias 02 e 07 de dezembro, ocorrerá na Faculdade CESUSC a 8ª Mostra Cinema e Direitos Humanos da América do Sul. Serão exibidos 38 filmes sul-americanos, entre curtas, médias e longas, traçando um panorama da abordagem cinematográfica dos Direitos Humanos. A Mostra é organizada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em parceria com o Ministério da Cultura. A Mostra será gratuita a aberta à comunidade.

O Coordenador do Curso de Direito, Prof. Rogério Duarte Silva, destaca que a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul é “uma oportunidade aos alunos de trabalharem vários temas vistos em sala de aula”.

Para ele, os filmes vão mostrar situações nas quais temas relacionados a várias disciplinas poderão ser vistos, criando um ambiente propicio ao desenvolvimento de conhecimento interdisciplinar. Destaca ainda, que esta atividade pode ser utilizada como atividades complementares e que sua realização, após o encerramento do semestre, permite uma maior participação dos alunos.

Na Mostra serão exibidos filmes em formato digital, dividem-se nas seguintes categorias:

Mostra Competitiva de longas, médias e curtas
Para compor a Mostra Competitiva foram escolhidos 24 filmes de diferentes países da América do Sul, sendo 13 longas, 07 médias e 04 curtas. Os filmes selecionados dizem respeito a diversos temas relacionados aos Direitos Humanos, como inclusão das pessoas com deficiência, diversidade sexual, direito à memória e à verdade, população de rua, preconceito racial, direito ao trabalho digno, entre outros, sem deixar de lado a qualidade cinematográfica. O objetivo principal é fortalecer a educação e a cultura em Direitos Humanos a fim de construir na sociedade uma consciência cidadã por meio da promoção do respeito às diversidades, do exercício da solidariedade e consequentemente, da concretização da dignidade da pessoa humana. A originalidade estética e linguística é um caminho para estimular esse debate, fazendo jus à transversalidade que esse universo temático exige. Dessa forma, a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, possuindo uma diversidade de linguagem e um cuidadoso apuro técnico, assume o desafio de incitar a reflexão sobre temas políticos e sociais.

Mostra Homenagem – Vladimir Carvalho
Nascido em Itabaiana, na Paraíba, e radicado em Brasília, Vladimir Carvalho fez do cinema uma
forma de pensar e intervir no mundo. Nos últimos 50 anos dirigiu filmes sobre diversos assuntos, mas sempre esteve engajado com os destinos do país e de seu povo. Como poucos, Vladimir fez do documentário um ato político e frequentemente poético.

Mostra Cinema Indígena
Nos últimos anos a produção de cinema realizada por cineastas indígenas cresceu no país, permeada tanto por questões estéticas como por questões políticas. O cinema desses realizadores contribui para o fortalecimento das lutas pelos Direitos Humanos dos indígenas. Os quatros filmes escolhidos pela curadoria, a serem exibidos na Mostra Cinema e Direitos Humanos da América do Sul, são exemplares que demonstram uma renovação de sua luta política a partir da apropriação da tecnologia por diversas etnias que constituem os povos indígenas no Brasil. Além dos filmes presentes nessas categorias, serão exibidos também filmes convidados, como é o caso do documentário produzido pela SDH – Paredes invisíveis: Hanseníase Região Norte – e dos filmes produzidos pela ONU: Os Descendentes do Jaguar, Transformer: AK, Colombia: Wayuu “Gold” e Argentina: Dreaming of a Clean River. A mostra ocupará centros culturais nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Pela primeira vez, será levada também a diversos locais de exibição que se encontram fora dos grandes centros do Brasil, assumindo um caráter descentralizador e uma abrangência inédita no mundo. Todos os filmes da mostra serão exibidos com closed caption para pessoas com deficiência auditiva. Haverá também sessões com audiodescrição para pessoas com deficiência visual. A entrada é franca e todo o material gráfico da mostra é distribuído gratuitamente.

Programação Completa

Sessão de Abertura
Dia 2 de dezembro, segunda-feira
19h30 – Sessão com 103 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

A Onda traz, o vento leva – Gabriel Mascaro (Brasil, 2012, 28’)
Rodrigo é surdo e trabalha numa equipadora instalando som em carros. O filme é uma jornada sensorial sobre um cotidiano marcado por ruídos, vibrações, incomunicabilidade, ambigüidade e dúvidas.

Uma História de Amor e Fúria – Luiz Bolognesi (Brasil, 2013, 75’)
Um homem com quase 600 anos de idade acompanha a história do Brasil, enquanto procura a ressurreição de sua amada Janaína. Ele enfrenta as batalhas entre tupinambás e tupiniquins, antes dos portugueses chegarem ao país, e passa pela Balaiada e o movimento de resistência contra a ditadura militar, antes de enfrentar a guerra pela água em 2096.

Dia 3 de dezembro, terça-feira
Sessões com audiodescrição
8h30 – Sessão com 90 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Caixa D’água: Qui-lombo é esse? – Everlane Moraes (Brasil, 2012, 15’)
O documentário “Caixa D’água: Qui-lombo é esse?” relata, através de depoimentos de antigos moradores e de acervos fotográficos, a importância no âmbito cultural e histórico do bairro Getúlio Vargas localizado em Aracajú, capital de Sergipe. A ênfase é dada à cultura negra e à presença do negro escravo e seus descendentes, com o resgate de assuntos relacionados à sua origem, oralidade, localização geográfica e consciência de sua identidade racial, mostrando que, apesar dessa comunidade existir em uma área urbana, ainda mantém muitos aspectos da vida em quilombo dos antigos negros escravos do Brasil.

Doméstica – Gabriel Mascaro (Brasil, 2012, 75’)
Sete adolescentes assumem a missão de registrar por uma semana a sua empregada doméstica e entregar o material bruto para o diretor realizar um filme com essas imagens. Entre o choque da intimidade, as relações de poder e a performance do cotidiano, o filme lança um olhar contemporâneo sobre o trabalho doméstico no ambiente familiar e se transforma num potente ensaio sobre afeto e trabalho.

Dia 3 de dezembro, terça-feira
14h – Sessão com 102 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Brasília Segundo Feldman – Vladimir Carvalho (Brasil, 1979, 22’)
Os primeiros tempos de Brasília, no último ano de sua construção. Depoimentos de pioneiros e trabalhadores sobre aquele momento e as condições de vida dos candangos. A trilha sonora vale-se de gravações realizadas à época, emprestando especial colorido ao filme.

O País de São Saruê – Vladimir Carvalho (Brasil, 1979, 80’)
A ação do homem nas terras secas do sertão nordestino, colonizado depois da luta contra os índios que foram exterminados. O latifúndio na exploração da terra gerou um sistema carregado de injustiça social, responsável pela miséria e o atraso da região. Esse quadro é visto e poetizado através dos três reinos da natureza: animal, vegetal e mineral, com a criação de gado, a lavoura do algodão e a exploração do ouro.

Dia 3 de dezembro, terça-feira
16h – Sessão com 80 minutos de duração:

As hiper-mulheres – Takumã Kuikuro, Carlos Fausto, Leonardo Sette (Brasil, 2011, 80’)
Temendo a morte da esposa idosa, um velho pede que seu sobrinho realize o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), para que ela possa cantar uma última vez. As mulheres do grupo começam os ensaios, enquanto a única cantora que de fato sabe todas as músicas se encontra gravemente doente.

Dia 3 de dezembro, terça-feira
19h30 – Sessão com 85 minutos de duração, com exibição de 5 filmes em sequência:

Transformer: AK – 47s Into Guitars – 5´22”
Acreditar que as coisas podem mudar para melhor. Isso é a chave para a recuperação de muitos indivíduos – e sociedade – depois de viverem momentos ruins. Esta é a história de um artista que ajuda as pessoas a imaginarem como podem transformar uma história de violência.

Colombia: Wayuu “Gold” – 8´46”
Colombia – terra de uma das reservas mais preciosas do mundo. Porém, nem todos os colombianos estão ganhando a sua parte. Nós viajamos a um remoto lugar do país onde uma mulher extraordinária está lutando pela sobrevivência de sua comunidade.

Argentina: Dreaming of a Clean River – 6´27”
Um dos rios mais poluídos do mundo atravessa Buenos Aires, o que ameaça a saúde da população mais pobre. Agora, uma determinada menina de nove anos e sua mãe decidiram que “basta”.

Los descendientes del Jaguar – Eriberto Gualinga, Mariano Machain, David Whitbourn
(Equador/Inglaterra, 2012, 29’)
O filme nos apresenta o processo de luta do povo indígena de Sarayaku frente à Corte Interamericana de Direitos Humanos no momento em que se entrega, de maneira inconstitucional, o Bloco 23 à exploração petrolífera, durante o governo de Lucio Gutiérrez. A entrega desses territórios desrespeita a lei que indica que deve ser realizada uma consulta prévia aos habitantes da região. O filme segue representantes do governo e habitantes de Sarayaku que, através de seus testemunhos, reivindicam uma defesa da natureza diante do petróleo.

Paredes invisíveis: Hanseníase Região Norte – Vera Rotta e Caco Schmitt (Brasil, 2013, 37’)
Documentário da COMISSÃO INTERMINISTERIAL DE AVALIAÇÃO – SNPDPD/SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, sobre a reconstrução da vida de centenas de brasileiros atingidos pela hanseníase, da Região Norte, após a concessão de uma indenização pelo Governo Federal, por terem sido submetidos à internação e isolamento compusórios em hospitais-colônia. Consiste em uma série de depoimentos sobre a doença, sobre a segregação social, sobre a rotina de isolamento nas ex-colônias, sobre política de profilaxia da “lepra” até 1986 e sobre o que mudou com a indenização.

Dia 4 de dezembro, quarta-feira
8h30 – Sessão com 82 minutos de duração, com exibição de 1 filme:

Barra 68 – Sem Perder a Ternura – Vladimir Carvalho (Brasil, 1961, 82’)
Desde os seus primórdios, Brasília foi fortemente marcada pelos acontecimentos políticos, como a renúncia de Jânio Quadros e o golpe militar de 64. Envolvida, a comunidade conheceu a intranqüilidade e ficou estigmatizada pela repressão. Um dos seus bens mais preciosos, a Universidade, criada por Darcy Ribeiro, foi agredida em 64, 68 e 77. Na primeira vez a UnB foi ocupada por tropas militares e quase perdeu todo o seu corpo docente que voluntariamente se demitiu em protesto célebre. A crise se arrastou por quatro longos anos e em l968, com o movimento deflagrado em reação ao assassinato de Edson Luís, no Rio de Janeiro, as ruas de Brasília assistiram aos embates entre estudantes e a polícia. As famílias sobressaltadas procuravam alento nos ofícios religiosos, enquanto cerca de 5OO jovens eram detidos numa praça de esportes no campus da UnB. Tudo culmina, depois de lances dramáticos com a prisão de parlamentares, o fechamento do Congresso Nacional e a promulgação do AI-5. Essa trajetória é resgatada através da urdidura de depoimentos, casos e histórias mesclados às raras imagens e sons que ficaram e perfazem, de uma época, uma memória imperfeita, mas sempre verdadeira.

Dia 4 de dezembro, quarta-feira
14h – Sessão com 95 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Maio, nosso maio – Farid Abdelnour (Brasil, 2011, 12’)
Feita com Software Livre e em um processo coletivo, a animação “Maio Nosso Maio” apresenta de forma leve e compromissada uma leitura histórica que resgata o sentido original do Dia dos Trabalhadores.

Insurgentes – Jorge Sanjinés (Bolívia, 2012, 83’)
Através da reconstrução de momentos históricos cruciais na longa luta dos índios bolivianos em busca da recuperação da soberania perdida por conta da colonização espanhola e da opressão a seus descendentes, o filme resgata as vidas de vários indígenas que brilharam com sua própria luz nessa luta descomunal, que culmina com a ascensão de um índio à presidência da República.

Dia 4 de dezembro, quarta-feira
16h – Sessão com 91 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Carga Viva – Deborah de Oliveira (Brasil, 2013, 18’)
Uma família, o tempo, o ofício. O tempo do ofício.

A cidade é uma só – Ardiley Queirós (Brasil, 2011, 73’)
Reflexão sobre os 50 anos de Brasília, tendo como foco a discussão sobre o processo permanente de exclusão territorial e social que uma parcela considerável da população do Distrito Federal e do Entorno sofre, e de como essas pessoas restabelecem a ordem social através do cotidiano. O ponto de partida dessa reflexão é a chamada Campanha de Erradicação de Invasões (CEI), que, em 1971, removeu os barracos que ocupavam os arredores da então jovem Brasília. Tendo a CEILÂNDIA como referência histórica, os personagens do filme vivem e presenciam as mudanças da cidade.

Dia 4 de dezembro, quarta-feira
19h30 – Sessão com 102 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Bicicletas de Nhanderu – Patrícia Ferreira e Ariel Ortega (Brasil, 2011, 48’)
Uma Imersão na espiritualidade presente no cotidiano dos Mbya-Guarani da aldeia Koenju, em São Miguel das Missões no Rio Grande do Sul.

PI´ÕNHITSI, Mulheres Xavantes sem Nome – Divino Tserewahú, Tiago Torres (Brasil, 2009,
54’)
Desde 2002, Divino Tserewahú tenta produzir um filme sobre o ritual de iniciação feminino, que já não se pratica em nenhuma outra aldeia Xavante, mas desde do começo das filmagens todas as tentativas foram interrompidas. No filme, jovens e velhos debatem sobre as dificuldades e resistências para realização desta festa.

Dia 5 de dezembro, quinta-feira
8h30 – Sessão com 102 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Codinome Beija-Flor – Higor Rodrigues (Brasil, 2012, 16’)
Viver é correr riscos. Com os relacionamentos, aprendemos a viver. Há marcas que são levadas para o resto da vida. Documentário sobre pessoas soropositivas.

Repare bem – Maria de Medeiros (Brasil, 2012, 95’)
O jovem guerrilheiro Eduardo Leite “Bacuri” morre em 1970 nas mãos da ditadura militar brasileira. Sua companheira Denise Crispim, perseguida e presa durante sua gravidez, consegue fugir do país, depois do nascimento de Eduarda. Hoje, depois de quarenta anos vividos entre Itália e Holanda , Denise e Eduarda receberam anistia e reparação do Brasil.

Dia 5 de dezembro, quinta-feira
14h – Sessão com 94 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

O Prisioneiro – Martin Deus, Omar Zambrano e Juan Chappa (Venezuela, 2012, 24’)
Um grupo de escoteiros está jogando um jogo de estratégia nas montanhas quando dois integrantes da equipe amarela decidem fazer um membro da equipe vermelha prisioneiro.

Ilegal.com – Alessandro Angulo Brandestini (Colômbia, 2012, 70’)
Este documentário explora as razões pelas quais a política proibitiva e a guerra contra as drogas não têm conseguido, nem conseguirá, erradicar o problema do narcotráfico e do consumo de drogas, refletindo sobre outras estratégias. Através de entrevistas com grandes estudiosos do tema, nacionais e estrangeiros, como Ethan Nadelmann, Milton Friedman, Noam Chomsky, Daniel Mejía, Rodrigo Uprimny e Alfredo Rangel, entre outros, o documentário promove o debate acerca do tema a partir do ponto de vista econômico, de onde se contempla a opção de uma possível legalização.

Dia 5 de dezembro, quinta-feira
16h – Sessão com 48 minutos de duração, com exibição de 1 filme:

Kene Yuxi, as voltas do Kene – Zezinho Yube (Brasil, 2006, 48’)
Ao tentar reverter o abando das tradições do seu povo e seguindo as pesquisas do seu pai, professor e escritor Joaquim Maná, Zezinho Yube corre atrás dos conhecimentos dos grafismos tradicionais das mulheres Huni Kui auxiliado por sua mãe.

Dia 5 de dezembro, quinta-feira
19h30 – Sessão com 153 minutos de duração, com exibição de 1 filme:

Conterrâneos Velhos de Guerra – Vladimir Carvalho (Brasil, 1991, 153’)
Os primeiros tempos de Brasília, ainda era construção, em 1959. Os canteiros de obras se espalham por toda parte e os trabalhadores, chamados de candangos, afluem de vários pontos do país, especialmente do Nordeste. São péssimas as condições de trabalho, terminando por provocar uma chacina que vitimou grande número de operários. A memória deste e de outros episódios chega aos nossos dias pelo testemunho daqueles que viveram a experiência da construção da capital brasileira.

Dia 6 de dezembro, sexta-feira
8h30 – Sessão com 103 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Malunguinho – Felipe Peres Calheiros (Brasil, 2013, 15’)
Malunguinho liderou o quilombo do Catucá, nos arredores de Recife, no início do século XIX. Apesar de ter sido assassinado em 1835, ainda hoje é cultuado pelos praticantes da Jurema Sagrada, religião de matriz indígena com influências africanas do nordeste do Brasil.

Paralelo 10 – Sílvio Da-Rin (Brasil, 2011, 87’)
Retrata um trabalho pioneiro e arriscado realizado em uma pequena base Xinane, da FUNAI, próximo ao Paralelo 10º Sul, oeste do Acre, na fronteira com o Peru. Em instalações simples, no meio da selva, o sertanista José Carlos Meirelles leva adiante a difícil missão de proteger os índios isolados da região, contando com o auxílio do antropólogo Terri Aquino. Com poucos recursos, os especialistas desempenham incansavelmente suas tarefas. Além de realizarem uma negociação permanente com as populações ribeirinhas da área, eles também lidam com o enfrentamento com traficantes e posseiros que tentam invadi-la.

Dia 6 de dezembro, sexta-feira
14h – Sessão com 107 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Silêncio – Alberto Bellezia e Cid César Augusto (Brasil, 2012, 12’)
João Melo é conhecido como silêncio. Ele mora numa caverna há 27 anos.

Sibila – Teresa Arredondo (Chile/Espanha/França/Perú, 2012, 95’) – 10 anos
Lembro-me da noite que mudou a história da minha família. A minha tia, Sibila, era uma prisioneira acusada de ser um membro do “Sendero Luminoso”. Eu tinha 7 anos de idade e o silêncio protetor dos meus pais ajudaram tornar sua imagem um grande mistério na minha vida. Seu confinamento durou 15 anos. “Sibila” é uma viagem que está olhando para o passado, mas também o encontro entre duas gerações que buscam diálogo.

Dia 6 de dezembro, sexta-feira
16h – Sessão com 93 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Leve-me pra sair – Zé Agripino (Coletivo Lumika) (Brasil, 2012, 19’)
Um grupo de adolescentes gays da cidade de São Paulo e suas visões de mundo.

Katia – Karla Holanda (Brasil, 2012, 74’) – Livre
Este documentário conta a história da primeira transexual eleita para um cargo político no Brasil. Além de mostrar como José se transformou em Kátia Tapety, o filme nos apresenta a trajetória política da travesti piauiense que lidou com o preconceito do pai na infância, mas hoje é respeitada entre seus conterrâneos. Ela foi a vereadora mais votada de seu município por três vezes consecutivas e chegou a vice-prefeitura da cidade de Colônia do Piauí, entre 2004 e 2008.

Dia 6 de dezembro, sexta-feira
19h30 – Sessão com 115 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Quando a casa é na rua – Thereza Jessouroun (Brasil, 2012, 35’)
O que leva crianças e jovens a viver nas ruas? O que faz com que deixem as ruas? O documentário procura responder essas perguntas com depoimentos e imagens cotidianas de jovens que cresceram nas ruas da cidade do México e do Rio de Janeiro.

Em busca de um lugar comum – Felippe Schultz Mussel (Brasil, 2012, 80’)
Rio de Janeiro, 2011. Anunciadas mundo afora como principal cenário das mazelas sociais brasileiras, as favelas cariocas se consolidaram como um dos pontos mais visitados do Rio. Imerso nos passeios pela Favela da Rocinha, o documentário investiga os desejos e as imagens envolvidas na construção deste disputado destino turístico. Um mercado que, atento às demandas, não cessa em projetar seus novos atrativos.

Dia 7 de dezembro, sábado
14h – Sessão com 70 minutos de duração, com exibição de 1 filme:

Caíto – Guillermo Pfening (Argentina, 2012, 70’)
Caíto conta a relação de amor entre dois irmãos: Guillermo é ator e emigrou para Buenos Aires, Caíto ficou em Marcos Juárez, Córdoba. Guillermo volta como diretor a sua cidade natal, com atores, câmeras, luzes e toda uma equipe técnica para fazer um registro documental do dia a dia de seu irmão. Ao observá-lo em sua relação com o pai, a fisioterapeuta, as mulheres, os amigos, descobre em Caíto um profundo desejo de ser pai. A partir desse momento, oferece a ele um relato de ficção para que seja o protagonista de sua história idílica.

Dia 7 de dezembro, sábado
16h – Sessão com 107 minutos de duração, com exibição de 1 filme:

Os dias com ele – Maria Clara Escobar ( Brasil, 2013, 107’)
Maria Clara mergulha no passado quase desconhecido de seu pai, Carlos Henrique Escobar. As descobertas e frustrações de acessar a memória de um homem e de um período da história brasileira cheio de lacunas. Ele, um intelectual preso e torturado durante a ditadura militar, não fala sobre isso desde aquele tempo.

Dia 7 de dezembro, sábado
18h – Sessão com 85 minutos de duração, com exibição de 1 filme:

O Evangelho Segndo Teotônio – Vladimir Carvalho (Brasil, 1984, 85’)
Passagens da vida do senador alagoano Teotônio Vilela, todo o processo de sua formação como homem público, desde a sua infância como menino de engenho até a etapa com sua campanha pela restauração democrática do país e a liberdade dos presos políticos. Ao final, a sua agonia vitimada pelo câncer contra o qual lutou até seus últimos dias.

Dia 7 de dezembro, sábado
20h – Sessão com 107 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Acalanto – Arturo Saboia (Brasil, 2013, 23’)
Uma senhora analfabeta busca amenizar a saudade do seu filho ao solicitar a um conhecido para que leia diversas vezes a mesma velha e única carta enviada há dez anos por seu filho. Através dessas leituras, uma bonita amizade e cumplicidade é criada entre os dois.

As Iracemas – Alexandre Pires Cavalcanti (Brasil, 2012, 84’)
Um olhar sobre a vida de quatro mulheres de uma mesma família que vivem isoladas num casebre de pau-a-pique na região do Alto do Mingú, entre os municípios de Rio Acima e Raposos (MG).