O Posto de Atendimento e Conciliação (PAC) do Cesusc está se transformando em um importante Laboratório e fonte de pesquisa para elaboração de Trabalhos de Conclusão de Curso e de Estágios. Somente neste semestre, cinco alunos de Psicologia e um de Direito elegeram o PAC como tema de suas pesquisas.
Na última quinta-feira, dia 9 de junho, a acadêmica da 10ª fase do Curso de Direito, Monique Linhares Melo, defendeu sua monografia intitulada “PAC-TJSC/Cesusc: um exemplo de como a conciliação pode ser um meio facilitador ao acesso à Justiça”. A acadêmica abordou no Trabalho o acesso à Justiça, os métodos não adversariais de resolução de conflitos, bem como a experiência do PAC e seus dados estatísticos.
Segundo a acadêmica, a conciliação foi despertada durante uma aula com a Coordenadora do PAC, Professora MSc. Iôni Heiderscheidt Nunes. “Fiquei curiosa e fui assistir a algumas audiências de conciliação no PAC Cesusc. Todas foram bem produtivas, e, com o resultado positivo, passei a acreditar na conciliação como forma de acesso à Justiça”.
Foto:Acadêmica da 10ª fase do Curso de Direito, Monique Linhares Melo
Para ela, todos os acadêmicos da Faculdade deveriam ter a oportunidade de presenciar uma audiência conciliatória ou conhecer um pouco mais o trabalho realizado pelo Posto de Atendimento e Conciliação, bem como conhecer a contribuição do Projeto com o Poder Judiciário. “(…) os resultados são os mais vantajosos possíveis (…) Comporta uma característica interdisciplinar excepcional, que é mais um ponto de destaque no funcionamento do PAC (…) Resta evidente que a composição amigável contribui bastante para o desafogo do Poder Judiciário”, escreveu na conclusão de sua monografia.
Foto: Alunas de Psicologia da 7ª fase, Ivone Maria de Proença eElisa Cañellas Lengler
Já os alunos de Psicologia de 7ª e 8ª fases, Alinne Rohling Volpato, Elisa Cañellas Lengler, Luiza Rohden Ramos, Ivone Maria de Proença e Ionan Ferreira Santos, trabalharam com o PAC dentro do seu estágio regular supervisionado, assistindo semanalmente às audiências de conciliação. A acadêmica da 7ª fase de Psicologia, Elisa Cañellas Lengler, destacou sua aptidão para a Psicologia Jurídica e na área da Família, e prontamente disputou uma das oito vagas anuais para estágio no PAC. “A escolha foi muito boa. Conhecer o processo e auxiliar na resolução dos conflitos foram experiências marcantes”.
A acadêmica da 7ª fase de Psicologia, Ivone Maria de Proença, abordou o tema “Aspectos psicológicos do ciclo de vida que interferem na conciliação dos processos de divórcio no PAC”. Para ela, poder trabalhar essa percepção em uma audiência de conciliação, bem como perceber como se dá a escuta, a fala e o desfecho positivo foi “uma experiência ímpar”.
De acordo com a Coordenadora do PAC, Iôni Heiderscheidt Nunes, esse resultado faz parte do investimento e muito trabalho para melhorar a qualidade dos serviços prestados pelo PAC. “Com a quebra de paradigmas, no meio acadêmico, já verificamos alguns resultados concretos e inspiradores sobre a conciliação como um dos meios facilitadores e eficientes de resolução de conflitos. Para a Coordenadora, ainda há muito por fazer, mas os trabalhos apresentados pelos alunos e estagiários dos Cursos de Direito e Psicologia sobre o PAC são exemplos significativos de mudança e construção de um novo tempo, “onde a cultura do conflito, aos poucos dá lugar à esperança e ao entendimento”.